Notas
sobre CHARLOT e os desafios da educação.
Guilherme Canarim
Em principio é importante deixar claro minha
estima em poder aceder a tal espaço pedagógico de ensino superior, tão
rarefeito e privilegiado, que se deveu neste caso ao recurso disponibilizado
pelo GEFOCS por meio da Universidade Do Extremo Sul Catarinense, e posto isso
agradecer ao palestrante propor sua diligencia
interminável em expor ponto a ponto partes fundamentais de sua obra e
pensamento. Subscrito a isso devem seguir-se as minhas reflexões sobre o que
Charlot chamou de “desafios a educação”.
A fala dele dividiu-se em duas partes, uma
relativa aos docentes e outra aos discentes, naquele momento em que tratou da
comparação dos contextos em franceses e brasileiros em que estavam envolvidos
os professores ele pareceu desconsiderar muitos aspectos fundamentais destas
sociedades, as divergências históricas entre os sistemas educacionais e as
instituições governamentais responsáveis pelos tais programas leis ou normas
aplicadas a educação publica, apesar disso, Charlot perorou que a
proletarização do professorado é contingente de múltiplas aporias que em seus
limites redundam em implicações que paulatinamente vem expropriando a classe de
seu lugar de resistência. Tratou de aspectos como os tempos das aulas, as
divisões disciplinares, o empobrecimento teórico preocupante em seu ponto de
vista é parte dos mecanismos que estão atravessados no sistema educacional de
maneira a enredar a práxis pedagógica o mais que possível para manter o status
quo da sociedade burguesa.
Num segundo momento ouvimos sobre os
discentes, em sua pesquisa o palestrante percebeu que se por um lado a escola
como instituição não avançou de sue lugar de tradicionalidade por outro os
educandos não estão organizados em blocos segundo tendências pedagógicas,
alguns espontaneistas, comportamentalista, positivista ou tradicionalista, nem vem a escola buscando
estas abordagens mas sim encharcados da vide em sociedade e esperando que a
escola diferentemente do que tem feito lhos receba como indivíduos sujeitos de
si mesmo, além de analisar de maneira superficial e expositiva durante a sua
fala algumas respostas dos discentes de sua pesquisa, no sentido de mostrar seu
problema fundamental e inquietação como pesquisador, qual seja , porque você
gosta de aprender algo ? por que ér interessante; e porque é interessante ?
porque eu gosto, o que parece levar nos a um paradoxo sem resolvida aparente.