terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Data máxima vênia Por: G.O Canarim Estive, na palestra com Marcelo Tas que a Faculdade ESUCRI “trouxe” para Criciúma, que aconteceu, ontem dia 12 de Dezembro no ginásio Municipal, em razão sabe-se la do que, ou de quem. Feito o lead, vamos as notas, em realidade creio eu que deva haver algum grande engenho que se escarnece da minha alfarrabice despretensiosa, minha esperança era tão somente assistir a palestra com o tal, vide o texto do ingresso que comprei como garantia. Mas perece que cada vez mais receber o que se compra, que devia ser um imperativo dos neo-liberais, se torna uma pletora invencível : Em primeiro a falta de tato da organização que nos pôs num chiqueiro plastico sobre uma lona, nos fez esperar por mais de 30 minutos pelo atraso de uma cerimonialista, me perdoem deve ser famosa por que eu não conheço, que alem da falta de respeito descarada em assumir que não sabia o programa da noite, errou os nomes das pessoas e das associações, mas pronunciou ãmrec num ótimo sotaque nova-yorkino, em segundo como se mais houvesse o que nos vilipendiar, iniciaram uma solenidade de formatura duma turma sei la eu o que seja, iniciativa institucional, com apoio da fapesc da secretaria estadual desenvolvimento e qualquer coisa, que não constava no ingresso e ninguém nos avisou, depois claro cada qual podestade teve sua sua ignara oportunidade de baloiçar o baculo do desrespeito na nossa cara. Esperamos mais de uma hora para então as 21: 20 lançarmos mão do resto de dignidade que tínhamos, e ouvirmos como o palestrante formou-se pela politécnica da USP, e quão bem sucedido tem sido desde então, passando por sua maravilhosa bolsa de estudos na New York University, e n’s outros trabalhos, programas de televisão, teatro, radio, e tudo o mais. E por ultimo, dado o devido respeito pela carreira do palestrante, pela instituição da ESUCRI, prefeitura do município de Nova Veneza, secretaria estadual do desenvolvimento, e a FAPESC, o evento foi um desastre, muito distou do que eu esperava, mas deve ser, muito provavelmente, por que minha expectativa de receber pelo que paguei, ou por aquilo que esta no rotulo, é muito ingenua num tempo como o nosso.
Notas sobre Os Desafios da Educação não-Ioschpiana Gustavo Ioschpe Por: G.O Canarim “Um fantasma ronda o mundo, é o fantasma do progresso.” Pude ter o desprazer de ouvir a palestra, leia-se: falaciosa falação, do Senhor Ischpe, no 23 de Novembro próximo passado, no auditório da ACIC, o evento parece ter acontecido em razão do “esforço” dos “dirigentes” em “melhorar” o nível da educação Criciumense, Catarinense, Brasileira, e se deixarmos eles salvarão o mundo também. Eu estive presente em razão do GEFOCS e da minha expectativa, sempre malbaratada, de que algum bom senso se manifestasse como um réstia de esperança para o presente e futuro do sistema de ensino, do qual eu faço parte e provavelmente farei por alguns anos ainda. Qual não foi minha surpresa de dar comigo a ouvir um “economista da educação” que muito se orgulha de sua “objetividade”, dos seus “dados quantificáveis”, seus gráficos de barras coloridas e suas referencias inexistentes e invisíveis. Durante a palestra Gustavo fez questão de salientar que sua pesquisa não estava de maneira nenhuma ligada ou relacionada com qualquer escola teórica ou com “o que fulano de tal disse sobre isso”, mas tinha como escopo aquilo que fosse quantificável no assunto educação. Por meio dessa ingenua premissa, da aparência cientifica, racional e objetiva, herdeira de um paradigma cartesiano cujo fruto maravilhoso é a nossa sociedade de campos de trabalho escravo ou análogo, ele pretendeu erguer-se como arúspice dalguma certeza séssil em relação a uma área cuja realidade ele patentemente mostra não entender quiça analisar, colocando-se em um lugar de onde não pode apontar, sugerir, muito menos predizer qualquer coisa. Alem disso ele não mostrou nenhuma novidade em relação ao tema com o seu bordão “a educação é um problema sistêmico”, ora Comenio já disse isso a mais de trezentos anos, o que mostrou, e me pareceu novidade em minha ingenuidade, foi o descaramento do monopólio que nem se da mais ao trabalho de escamotear o seu “telos” mergadorisador de tudo, explico, os grandessíssimos e excelentíssimos senhores gestores, diretores, presidentes, mandantes, mandatários seja o que for, realmente querem a toda proa enfunar as velas do seu empreendedorismo, crescimento econômico, progresso, com o folego vital do que chamam de “recursos humanos”, e temos de achar isso muito bom, felicitemo-nos pelo avanço técnico que nos vai proletarizar a todos. Desculpem- me se não consigo restar silente ante a tal vitupério, se me não calo frente a esse escarnio. Não há mesmo nenhum problema em por dinheiro e empenho na tecnocracia, no desenvolvimento técnico e tecnológico, é claro que isso traz condições objetivas mais elevadas e maiores níveis de consumo, mas considerar isso como melhor para a qualidade de vida é regredir ao discurso moderno da revolução cientifica que, malfadada, nunca chagou a realizar-se.