sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Em 11 de junho deste ano Guilherme Orestes Canarim e Gisele Rezende participam do evento na faculdade UNESC do Colóquio de Direitos Humanos e Democracia, promovido pelo curso de Direito. Resumo Pretendemos apresentar nesse trabalho algumas considerações sobre uma aproximação entre os temas da subjetividade, da formação e da pedagogia. Para refletir criticamente sobre isso, nos orientamos nesse ensaio a partir de uma leitura de uma obra literária de Franz Kafka do inicio do século XX para buscar entender porque a humanidade, ao invés de realizar seus potenciais emancipatórios, caminhou em direção contrária. O objetivo central desta pesquisa implica em investigar, a partir do pensamento da obra de Kafka e de Adorno, a condição da educação no contexto da sociedade, vinculada a uma necessidade de uma experiência crítico-formativa. Nas conferências radiofônicas, publicadas no Brasil com o título Educação e Emancipação, Adorno considera a necessidade de uma educação enquanto constituição de sujeitos emancipados. Pretendeu-se, assim, investigar até que ponto a educação ainda é um recurso fundamental para uma formação cultural crítica dos indivíduos e até onde estão seus limites. O desenvolvimento da pesquisa pautar-se-á na seguinte problemática: a) Como a aproximação da educação com a literatura Kafkaniana pode possibilitar outra perspectiva para a formação humana contemporânea? b) Que implicação teria o texto de Kafka para análise da subjetividade e dos processos formativos mais amplos no contexto atual? Ao tratarmos brevemente sobre a obra e alguns dos seus personagens podemos remeter a condição da subjetividade moderna. Pensar a subjetividade na perspectiva da teoria critica de Theodor W. Adorno constitui uma tarefa que não pode furtar-se de algumas categorias potencialmente pedagógicas de tal teoria. O papel da educação, tal como visto por Adorno, é impedir a barbárie. No seu entender, a experiência limite de Auschwitz, impõe a educação um papel importante no sentido de prevenir e impedir tal retorno: “A exigência de que Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação” (ADORNO, 1995, p.119). Seria sob a consciência de experiências como essas, que residiria na educação, à tarefa de prevenir esse exemplo máximo de horror. A escrita de Kafka se acende a uma constância de mistérios, de angústias e de suspense. Em Kafka não é possível ficar longe da controversa problemática do sujeito moderno na constituição de sua subjetividade, isto é, excluir a caracterização do conceito de sujeito na perspectiva de análise da crise e da crítica de uma razão instrumental na modernidade. A pesquisa em andamento se configura como um estudo teórico, sendo caracterizada como bibliográfica, cuja metodologia se constitui, essencialmente, da leitura d “O Processo” de Franz Kafka e de uma obra de Adorno: Educação e Emancipação (1995), bem como de textos selecionados de comentadores. Podemos antecipar que o cerne da obra de Kafka é a denuncia do embrutecimento da razão expressada nas mais simples e nas mais complexas condutas cotidianas das pessoas no mundo administrado. Tais condutas expressam a decadência das ações de homens e mulheres absorvidos na relação com todo o tipo de “parafernália” tecnificada. As obras estudadas e resenhadas buscam evidenciar alguns conceitos de análise, tais como: educação, subjetividade, razão instrumental e formação cultural. Palavra-chave: subjetividade, formação cultural, razão instrumental, teoria crítica, Kafka. Introdução

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